Brasil

SUS passa a oferecer vacinas e medicamentos contra o vírus da bronquiolite

SUS oferecerá o anticorpo monoclonal nirsevimabe, voltado para proteger bebês prematuros e crianças com até 2 anos que apresentam comorbidades

O Ministério da Saúde anunciou nesta semana a incorporação de novas estratégias para combater o vírus sincicial respiratório (VSR), principal causador de bronquiolite pediátrica. Essa decisão, que deve ser oficializada em breve por meio de uma portaria no Diário Oficial, é resultado da recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

A partir de agora, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferecerá o anticorpo monoclonal nirsevimabe, voltado para proteger bebês prematuros e crianças com até 2 anos que apresentam comorbidades. Além disso, uma vacina recombinante contra os vírus sinciciais A e B será disponibilizada para gestantes, garantindo proteção aos recém-nascidos nos primeiros meses de vida.

“Essa é uma conquista significativa para nossa política de imunização e o cuidado com gestantes e bebês”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

Jornal Opção entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) para entender como funcionará a distribuição em Goiás. A reportagem aguarda retorno da pasta.

A vacina contra o VSR foi aprovada no Brasil em abril de 2024 e deve ser administrada entre a 24ª e a 36ª semanas de gestação, com eficácia de 81,8% nos primeiros três meses de vida do bebê e 69,4% até o sexto mês. O nirsevimabe, incorporado aos planos de saúde no início de fevereiro, é especialmente indicado para prematuros e oferece proteção contra o vírus por aproximadamente cinco meses.

A novidade foi bem recebida pelos profissionais de saúde. “Essa é uma grande conquista para o SUS, pois as crianças brasileiras terão proteção contra o VSR, seja pela vacinação materna ou pelo uso do anticorpo em prematuros”, explicou Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

“O VSR é a principal causa de internação em crianças abaixo de 1 ano e um dos principais fatores de óbitos entre lactentes. Há motivo para celebração.” O VSR é um dos principais responsáveis por síndromes respiratórias na infância, com a estimativa de que quase todas as crianças sejam afetadas até os 2 anos de idade.

O vírus é responsável por mais de 60% das bronquiolites e cerca de 40% das pneumonias pediátricas. Além disso, a infecção pode ter efeitos a longo prazo, levando algumas crianças a desenvolver asma ou episódios recorrentes de chiado e broncoespasmo.

“Com a vacinação de gestantes, espera-se uma redução significativa do impacto do VSR na saúde das crianças brasileiras, resultando em menos consultas de emergência, internações, necessidade de UTI, intubações e mortes”, afirmou Levi. “É importante ressaltar também o impacto socioeconômico, pois as mães frequentemente precisam se afastar do trabalho para cuidar de seus filhos doentes.”

Fonte: Jornal Opção.

Foto: Rovena Rosa/Agencia Brasul.

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