Sede da MotoGP 2026, Goiânia terá rede hoteleira operando no limite
Aproximadamente 95% dos 19 mil leitos disponíveis na capital já estão reservados para o período da competição, segundo Associação de Hotéis em Goiás.
A confirmação de Goiânia como uma das sedes da MotoGP, entre os dias 20 e 22 de março de 2026, já provoca forte impacto na rede hoteleira e no setor de serviços da capital goiana. Com a expectativa de receber cerca de 150 mil pessoas durante o fim de semana do evento, a ocupação dos hotéis entrou em nível de alerta desde o anúncio oficial da data.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Goiás (ABIH-GO), aproximadamente 95% dos 19 mil leitos disponíveis na capital já estão reservados para o período da competição. A alta demanda tem levado turistas a buscar alternativas em cidades do entorno. “As pessoas já estão procurando hospedagem fora de Goiânia. A associação está mobilizando municípios como Caldas Novas, Pirenópolis, Trindade, Anápolis, Alexânia, Abadiânia e até Brasília para atender ao público”, informou a entidade.
O impacto da MotoGP não se restringe ao setor hoteleiro. Com os olhos do mundo voltados para Goiânia durante o evento, bares, restaurantes, serviços de transporte e o comércio em geral também devem enfrentar uma intensa movimentação. A expectativa é de aumento significativo no fluxo de clientes, acompanhado, possivelmente, por reajustes nos preços praticados durante o período.
Plataformas de aluguel por temporada também operam próximas do limite. Dados do setor indicam que cerca de 96% dos imóveis anunciados em aplicativos como o Airbnb já estão alugados para as datas do evento. As poucas opções ainda disponíveis apresentam diárias que chegam a quase R$ 4 mil. Apesar disso, especialistas alertam que esse tipo de hospedagem não oferece o mesmo nível de confiabilidade dos hotéis tradicionais, especialmente para turistas da geração X, que tendem a priorizar segurança e serviços estruturados.
Comercial Local
O impacto econômico da MotoGP em Goiânia é expressivo. Estudo do Instituto Mauro Borges estima que o evento deve movimentar cerca de R$ 870 milhões na economia local e gerar aproximadamente 4 mil empregos diretos e indiretos. Do total de visitantes esperados, 12% são turistas estrangeiros e 32% brasileiros de outros estados, o que representa cerca de 67 mil turistas vindos de fora de Goiás.
Diante do perfil internacional do público, a rede hoteleira tem intensificado a preparação das equipes. Hotéis investem em cursos de idiomas, treinamento de concierge e capacitação de funcionários para orientar turistas sobre atrações, eventos e serviços da cidade. A estratégia busca garantir um atendimento qualificado e fortalecer a imagem de Goiânia como destino apto a sediar grandes eventos internacionais.
Com a aproximação da MotoGP, a capital goiana entra definitivamente no radar do turismo esportivo mundial, ao mesmo tempo em que enfrenta o desafio de acomodar um público recorde e oferecer infraestrutura compatível com a dimensão do evento.
Fonte: Portal Go 020.
Foto: Mais Goiás.

