Internacionais

Como são os navios de guerra dos EUA enviados à Venezuela e como é o poderio bélico do país liderado por Maduro

Aproximação dos destróieres americanos da costa venezuelana gerou alerta em governos vizinhos

Os Estados Unidos deslocaram três navios destróieres da classe Arleigh Burke para o mar do Sul do Caribe, próximo à costa da Venezuela, segundo informações das agências Reuters e Associated Press (AP).

A movimentação ocorre em meio às declarações da porta-voz do governo Trump, Karoline Leavitt, de que Washington usará “toda a força” contra o regime de Nicolás Maduro. A justificativa oficial da Casa Branca é o combate ao narcotráfico na América do Sul.

A atividade é classificada pelos EUA como terrorismo internacional. Mais de 4 mil militares foram mobilizados para a operação. De acordo com as agências internacionais, os três destróieres são USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson.

Essas embarcações fazem parte da classe Arleigh Burke, projetadas para missões múltiplas, incluindo ataques contra aeronaves, submarinos e alvos terrestres. Entre seus diferenciais, estão lançadores verticais de mísseis Tomahawk e sistemas de proteção contra armas químicas, biológicas e nucleares.

Tecnologia de ponta

O grande trunfo dos navios americanos é o sistema de combate Aegis, que combina radares avançados e artilharia computadorizada. Utiliza o radar AN/SPY-1, capaz de monitorar simultaneamente mais de 100 alvos em um raio de 190 km; e opera com mísseis de longo alcance, incluindo os famosos Tomahawk.

Além disso, permite ataques rápidos contra ameaças aéreas, marítimas ou terrestres. Os destróieres contam ainda com dois hangares para helicópteros MH-60 Seahawk, que podem ser usados em missões de resgate, transporte de suprimentos e combate antissubmarino.

Também existe a possibilidade de operar drones militares a partir dessas embarcações. A classe Arleigh Burke foi pioneira em adotar sistemas de proteção contra ataques químicos, biológicos e radioativos.

Possuem compartimentos pressurizados e câmaras de descontaminação; filtros de ar especializados contra agentes tóxicos; e blindagem eletrônica contra pulsos eletromagnéticos.

Além da pressão militar, Washington aumentou para US$ 50 milhões (R$ 270 milhões) a recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro, acusado de narcoterrorismo desde 2020, ainda no primeiro mandato de Donald Trump.

Poderio militar da Venezuela

Em resposta, Maduro anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos para reforçar a defesa territorial da Venezuela. A escalada militar reacendeu o debate sobre a disparidade entre as Forças Armadas dos EUA e o arsenal venezuelano.

Os Estados Unidos têm 1,3 milhão de militares ativos (2,1 milhões incluindo a reserva); mais de 13 mil aeronaves (9,700 prontas para uso); 4.600 tanques e 391 mil veículos terrestres; 440 ativos navais, incluindo 70 submarinos; além de 5.177 ogivas nucleares, segundo a Federação de Cientistas Americanos.

Já a Venezuela possui 337 mil militares entre ativos, reservas e paramilitares; 229 aeronaves, sendo 126 operacionais; 172 tanques e cerca de 8.800 veículos terrestres; apenas 34 embarcações navais; e estrutura baseada em armamentos russos e soviéticos, além de aquisições pontuais da China e do Irã.

O gasto militar da Venezuela foi de 0,6% do PIB em 2024, 0,5% em 2023, 0,6% em 2022, 0,3% em 2021, e 1,6% em 2020. A maior parte do contingente venezuelano vem da Milícia Nacional Bolivariana, criada por Hugo Chávez em 2007, formada por cerca de 5 milhões de reservistas.

A aproximação dos destróieres americanos da costa venezuelana gerou alerta em governos vizinhos. O Brasil acompanha a movimentação com atenção, uma vez que a fronteira entre Venezuela e Brasil tem mais de 2 mil km de extensão.

Segundo analistas, a medida abre espaço para ações militares em águas territoriais e até em solo estrangeiro, o que levanta questionamentos jurídicos internacionais.

Fonte: Jornal Opção.

Foto: Folha de São Paulo.

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