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Declaração de lei marcial na Coreia do Sul revela o isolamento de um presidente em queda de popularidade

A Assembleia Nacional decidiu suspender a lei marcial, tornando ilegal que militares e policiais exerçam autoridade com base nela. O líder do Partido do Poder Popular (PPP), Han Dong-hoon, lamentou profundamente a situação durante uma coletiva de imprensa:

“Como partido no poder, lamentamos muito que tal situação tenha ocorrido.”

De acordo com a mídia sul-coreana, o PPP discute possíveis ações para lidar com a crise, incluindo a expulsão de Yoon. Internamente, quase todos os assessores presidenciais, incluindo o chefe de gabinete, apresentaram pedidos de demissão após os acontecimentos.

Lee Jae-myung, líder do Partido Democrático e adversário derrotado de Yoon na eleição presidencial de março de 2022, classificou a declaração de lei marcial como “ilegal e inconstitucional”. Ele apelou aos militares, que já haviam deixado o edifício da Assembleia Nacional, mas permaneciam nas redondezas:

“A ordem presidencial emitida após a declaração ilegal da lei marcial viola a Constituição e as leis. Cumpri-la também é um ato ilegal”, afirmou Lee, conclamando as tropas a retornarem aos quartéis. “Quem deve liderá-los não é quem declarou uma lei marcial inconstitucional e inválida. Vocês devem obedecer à vontade do povo soberano.”

Park Chan-dae, um dos líderes do Partido Democrático na Assembleia Nacional, destacou que, apesar da suspensão da lei marcial, Yoon não está isento de acusações de insurreição. “Ele precisa renunciar”, afirmou. Na manhã de quarta-feira (4), em Seul, noite de terça-feira no Brasil, o partido aprovou uma resolução exigindo a renúncia imediata de Yoon, sob pena de enfrentar um processo de impeachment.

Horas depois, Yoon se pronunciou, prometendo revogar o decreto e anunciando a retirada das tropas mobilizadas sob o pretexto da lei marcial. No entanto, o Comando Militar declarou que a ordem permaneceria vigente até a confirmação oficial do presidente.

Do lado de fora da Assembleia Nacional, manifestantes se reuniram em apoio aos parlamentares, pedindo a renúncia imediata de Yoon, considerado um dos presidentes mais impopulares da história recente da Coreia do Sul. Alguns participantes foram além, exigindo sua prisão.

Editorial Caldas Notícias.

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