Os motivos podem ir desde questões logísticas, como indisponibilidade do paciente para cirurgia imediata, até incompatibilidade anatômica entre doador e receptor.

“A recusa pode ser por questões logísticas , do tempo que levaria para o coração chegar dependendo de onde estivesse esse outro receptor, a questão do peso do paciente, que pode servir para um e não para outro”, explica a médica.

Segundo as normas de compatibilidade para transplante de coração, o receptor só pode receber o órgão de um doador com peso que varie até 20% para mais ou para menos em relação ao de quem aguarda o transplante. Um paciente de 80 quilos, por exemplo, só pode receber um órgão de um doador que pese entre 64 kg e 96 kg.

Em São Paulo, o tempo de espera por um transplante de coração, para potenciais receptores do grupo sanguíneo B, como era o caso, oficialmente é de 1 a 3 meses – mas pode ser reduzido por urgência.

Governo diz que critérios para transplantes são técnicos

A Central informou que a disponibilização de órgãos aos pacientes que aguardam por um transplante segue critérios técnicos definidos pela Portaria de Consolidação N°04 de 2017, que considera a compatibilidade sanguínea e critérios antropométricos entre doador e receptor, como uma faixa de peso e altura para os doadores ofertados para cada receptor.

Além disso, o órgão afirma que existem “critérios de priorização, definidos por Lei, onde potenciais receptores que possuem risco eminente de morte, são elevados em sua posição no cadastro técnico (fila de espera)”.

Por Estadão
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