“Hamlet na Rua” em Caldas Novas
A adaptação do clássico de Shakespeare será apresentada no CEPI Delcides Ferreira de Morais em uma experiência imersiva e gratuita
A cidade turística de Caldas Novas-GO, 170 km da capital de Goiás, recebe nesta sexta-feira (18/10), o espetáculo “Hamlet na Rua”. A releitura envolvente da clássica tragédia de Shakespeare será encenada no CEPI Delcides Ferreira de Morais, localizado no setor Caldas do Oeste da cidade, a partir das 14h30. A peça faz parte do projeto “Cena em Trânsito”, da Anthropos Companhia de Arte, que promove apresentações teatrais em espaços públicos, com o apoio da Lei Paulo Gustavo e Secult – Secretaria de Estado da Cultura de Goiás via Edital nº 14/2023 Circula Goiás – Difusão da Arte e Cultura Goiana.
O espetáculo “Hamlet na Rua” propõe interferir no cotidiano dos moradores ao levar um dos textos mais emblemáticos de Shakespeare para as ruas da cidade. O diretor e dramaturgo Constantino Isidoro ressalta que a montagem oferece uma leitura crítica contemporânea: “Hamlet é alguém que enxerga a falência da humanidade, uma sociedade que busca o poder pelo poder e se entrega ao consumo desenfreado. A peça nos faz refletir sobre o caminho que estamos trilhando.”
A encenação transforma o espaço público com a ajuda de um tapete vermelho, coroas, espadas, flores, máscaras e capas, que criam um ambiente simbólico onde os personagens de Hamlet, Rei Hamlet, Horácio, Ofélia, Rei Cláudio e outros ganham vida. Quatro atores se revezam em uma dinâmica cênica envolvente, que também convida o público para participar, ativamente, do espetáculo. O elenco é composto por artistas reconhecidos da cena goiana: Arilton Rocha, Luanna Borges, Cleber Alves e Robson Parente.
Após a apresentação, acontecerá o “Diálogos Sobre a Encenação”, uma roda de conversa entre os espectadores e a equipe da peça, para discutir dramaturgia, a recepção do público e as simbologias presentes no espetáculo. “Sempre após as apresentações há um espaço fértil para diálogos com o público, que compartilha suas impressões e como a peça despertou sua imaginação”, explica Constantino Isidoro.