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Máscaras voltam a ser indicadas nas escolas em Goiás

Máscaras voltam a ser indicadas nas escolas em Goiás

Sindicato pede que uso seja estimulado e UFG recomenda proteção nas salas. Medidas vêm diante do aumento de casos de Covid-19.

O aumento de casos da Covid-19 em Goiás tem feito as máscaras voltarem a estar presentes em instituições de ensino do estado. A Universidade Federal de Goiás (UFG) recomendou o uso do item de proteção pela comunidade acadêmica dentro de ambientes fechados e aglomerações. Em Goiânia, o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sepe) tem orientado as instituições da capital a estimularem o uso da proteção por professores e alunos na retal final deste ano letivo.

Em Goiás, o número de casos da doença teve uma explosão. Reportagem do POPUPLAR publica nesta terça, mostrou que o número aumentou quase cinco vezes em quatro semanas, saltando de 342 casos na segunda semana de outubro para 1,5 mil casos na segunda semana de novembro. A Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) já alertou para um crescimento sustentado de casos da doença em Goiás nas últimas semanas, o que levanta a possibilidade de uma nova onda da Covid-19 no estado.

Entre terça-feira (22) e sexta-feira (25), a UFG promove o Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex). Além da recomendação do uso de máscara durante o evento, a universidade irá promover a imunização das que estão com o calendário vacinal em atraso ao longo do Conpeex. Em 16 de Novembro, a UFG recomendou a toda a comunidade acadêmica, por meio da nota técnica, o uso de máscaras em ambientes fechados e aglomerações.

A universidade recomendou ainda a manutenção do esquema vacinal completo contra a Covid-19 e que todos os sintomáticos sejam testados e os casos confirmados sejam isolados. Além disso, as salas e ambientes fechados da instituiação devem se manter sempre arejados, prezando pela circulação de ar. A pró-reitora adjunta de Graduação e coordenadora do grupo de trabalho de Saúde da UFG, Heliny Carneiro, diz que a universidade não descarta adotar o enrijecimento das recomendações caso o cenário epidemiológico piore.

“Estamos sempre acompanhando a evolução da doença junto as autoridades. Estamos oferecendo testagem e vacinação para comunidade acadêmica visando a proteção. Por enquanto, verificamos um aumento de casos da doença na universidade, mas nada que afete nossas atividades presenciais. Caso um professor precise ser afastado por conta da Covid-19, todo o conteúdo de ensino é reposto posteriormente”, explica Heliny.

O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sepe) de Goiânia, Flávio de Castro, afirma que tem orientado as instituições da capital a estimularem o uso de máscaras pela comunidade escolar na reta final do ano letivo. “Principalmente nos ambientes fechados. Percebemos que a grande maioria dos professores está usando. Isso acaba sendo um exemplo para os alunos”, pondera.

Castro relata que recentemente tem notado mais pais e responsáveis notificando as escolas de alunos infectados com a Covid-19, mas que nenhuma instituição particular da capital tem enfrentado uma explosão de casos. “Estamos reforçando que os sintomáticos devem ser testados e pessoas doentes não devem ir para a escola”, pontua. Nesta semana, o Serviço Social da Indústria (Sesi) também repassou orientações para todas as unidades, inclusive as escolas, sobre a importância do uso de máscaras de proteção facial.

Cmeis agrupam turmas por causa de infecções

No último domingo (20), em Goiânia, o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Vila Redenção repassou um comunicado aos responsáveis pelos alunos informando que quatro servidores da instituição testaram positivo para a Covid-19 e, por isso, as atividades do local seriam afetadas. Nesta semana, com o afastamento temporário desses profissionais, as turmas do Cmei foram agrupadas para que as crianças sejam atendidas.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que os casos suspeitos de Covid-19 na rede de ensino estão sendo monitorados pelas equipes técnicas da pasta e da Secretária Municipal de Saúde (SMS) e que “o uso de máscara e o cumprimento dos protocolos de biossegurança, que incluem o distanciamento, higienização das mãos e a limpeza completa dos ambientes, estão sendo reforçados pela SME Goiânia.”

A secretaria comunicou que “os protocolos de biossegurança em vigor neste semestre foram atualizados em agosto deste ano pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde, que acompanhando diariamente o cenário epidemiológico da capital” e que “no documento, amplamente divulgado pela SME Goiânia, está prevista a reorganização das turmas e o afastamento de servidores por até sete dias, conforme indicação médica.”

A pasta destacou que “nas últimas semanas, diretores e coordenadores receberam orientações para identificação de sintomas gripais, testagem e prevenção da Covid-19 nas unidades educacionais” e que “todas as medidas adotadas pela gestão municipal, incluindo a reorganização de turmas, visam a garantir a segurança e o bem-estar da comunidade escolar.”

Em relação à vacinação contra Covid-19, a SME disse que “enviou às unidades educacionais reforço no sentido de atualização do cartão vacinal, por meio do certificado de conformidade, que deve ser levado pelos pais ou responsáveis no ato da matrícula” e que “a vacinação contra a Covid-19 também é incentivada no ambiente escolar”, sendo que neste ano, parceria com a SMS, 6 mil crianças foram vacinadas em escolas e Cmeis.

Rede Estadual

Questionada, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que nenhuma escola da rede estadual enfrenta um surto de Covid-19 e nenhuma turma está com aula suspensa por conta da doença. Em relação ao uso de máscaras, a Seduc segue as orientações da SES-GO, que recomenda o uso do item de proteção para pessoas sintomáticas, não vacinados, idosos, imunodeprimidos, gestantes e para todas as pessoas que estiverem em serviços de saúde ou situação de aglomeração.

Fonte da matéria: O Popular.

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