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Polícia cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em quatro cidades mineiras e em Caldas Novas (GO)

Polícia cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em quatro cidades mineiras e em Caldas Novas (GO)

Polícia Federal realiza operação de combate a fraudes no Programa de Agricultura de Baixo Carbono. Segundo a PF, foram liberados de forma fraudulenta cerca de R$ 200 milhões em empréstimos.

A Polícia Federal realiza, nesta quinta-feira (17), a operação Glyphosate de combate a fraudes na liberação de financiamentos do Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Um policial federal, lotado na delegacia de Montes Claros, no Norte de Minas , foi preso temporariamente e afastado do exercício da função pública.

Além desse mandado de prisão, foram cumpridos 38 mandados judiciais de sequestro de bens e valores, 35 determinações de intimação e indiciamento e 13 mandados de busca e apreensão. Os mandados de busca foram cumpridos nos municípios de Montes Claros, Uberaba, Virgem da Lapa, Belo Horizonte e em Caldas Novas (GO). A Polícia Federal informou que as fraudes aconteciam no Norte de Minas, a maioria em Montes Claros.

Segundo a PF, as investigações começaram a partir de ocorrências de possíveis fraudes identificadas pelo Banco do Brasil na liberação do programa, que é custeado com recursos federais com taxa de juros subsidiada. (Leia abaixo o posicionamento do banco).

“Apurou-se que foram liberados fraudulentamente, com a anuência de gerentes do Banco do Brasil, cerca de R$ 200 milhões em empréstimos do citado programa para um grupo de empresários, profissionais liberais e servidores públicos. [..] Eles captavam valores que deviam ser direcionados para a plantação de eucalipto e, contrariando as regras do financiamento e a vedação legal, desviavam o recurso aplicando em outros investimentos e bens, inclusive utilizando de pessoas interpostas para ocultar a origem do dinheiro”, explicou a PF por meio de nota.

Em entrevista à Inter TV, o delegado Gilvan de Paula detalhou como o dinheiro desviado era utilizado.

“Esse dinheiro que foi adquirido com a finalidade de ser empregado na produção de eucalipto foi desviado para aquisição de bens, quitação de imóveis, aquisição de planos de capitalização e de previdência privada”.

O delegado esclareceu que a atuação do policial [preso na operação] foi apurada pela Superintendência da Polícia Federal em Belo Horizonte e não deu detalhes sobre como o servidor agia na fraude.

O g1 não conseguiu falar com a defesa do policial, já que o nome dele não foi divulgado. Se algum advogado se manifestar, esta reportagem poderá ser atualizada.

Ainda de acordo com a Polícia Federal, além dos crimes contra o sistema financeiro e lavagem de dinheiro, os alvos também são investigados por falsificação de documento e inserção de dados falsos em sistemas de informações.

O que diz o Banco do Brasil

Em nota, a assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou ao g1 que as investigações tiveram início a partir de uma apuração interna e as irregularidades foram constatadas pelo sistema de auditoria, em 2016. Esclareceu ainda que foram adotadas todas as medidas disciplinares cabíveis, incluindo a demissão de funcionários envolvidos.

Leia a nota na íntegra

O Banco do Brasil informa que as investigações iniciaram a partir de apuração interna, que detectou irregularidades na contratação de operações de crédito, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. O BB, no seu âmbito de atuação, colabora com as autoridades na investigação de fraudes com repasse de subsídios e possui processos estabelecidos para apuração de eventuais falhas em procedimentos internos ou envolvimento de pessoa do seu quadro funcional. A conduta de funcionários do Banco envolvidos em irregularidades é analisada sob o aspecto disciplinar.

O Banco do Brasil esclarece que o caso envolve operações de crédito rural contratadas entre 2012 e 2015. As irregularidades foram identificadas e apuradas pelo sistema de auditoria do BB em 2016. No processo de apuração, foram adotadas as sanções disciplinares cabíveis, incluindo a demissão de funcionários envolvidos e a comunicação aos órgãos policiais competentes, com apresentação de notícia crime pelo Banco do Brasil em maio de 2016. O Banco do Brasil reitera seu compromisso de continuar colaborando para o avanço das investigações e apurações das autoridades policiais.

Fonte da matéria: G1.

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