EUA anunciam operação militar na América Latina
Secretário de Defesa afirma que Estados Unidos vão combater narcoterroristas no hemisfério Ocidental
O presidente dos EUA, Donald Trump, foi informado esta semana sobre opções para operações militares dentro da Venezuela, enquanto continua a avaliar um caminho a seguir no país, disseram quatro fontes à CNN.
Trump ainda não decidiu como proceder e continua a ponderar os riscos e benefícios de lançar uma campanha em larga escala. O presidente já expressou reservas sobre a realização de uma ação militar destinada a depor Nicolás Maduro, preocupado com a sua eficácia.
Embora a reunião de quarta-feira tenha incluído um conjunto atualizado de opções para o presidente considerar, não indicou que ele esteja mais perto de tomar uma decisão, disse uma das fontes.
Outra fonte familiarizada com a reunião disse que as opções eram semelhantes às que têm sido discutidas no Pentágono, e algumas divulgadas publicamente, nas últimas semanas.
As opções de alvos – que o Comando Sul dos Estados Unidos criou células de planejamento para desenvolver – fazem parte de uma operação denominada “Lança do Sul”, de acordo com um alto funcionário americano ciente do planejamento.
As informações foram apresentadas por altos funcionários da equipe de segurança nacional de Trump, incluindo o Secretário de Defesa Pete Hegseth e o Chefe do Estado-Maior Conjunto, General Dan Caine.
Hegseth anunciou a operação na noite de quinta-feira, embora não tenha revelado detalhes.
“Liderada pela Força-Tarefa Conjunta Southern Spear e pelo @SOUTHCOM, esta missão defende nossa pátria, remove narcoterroristas do nosso hemisfério e protege nossa pátria das drogas que estão matando nosso povo. O Hemisfério Ocidental é a vizinhança da América – e nós o protegeremos”, escreveu Hegseth.
O Comando Sul já havia anunciado uma operação chamada Operação Southern Spear em janeiro.
Um comunicado na época afirmava que ela utilizaria “embarcações robóticas de superfície de longa permanência, pequenas lanchas interceptoras robóticas e aeronaves robóticas de decolagem e pouso vertical” para auxiliar nas operações de combate ao narcotráfico.
O Pentágono não respondeu a um pedido de comentário sobre a Operação Southern Spear. A Casa Branca não comentou a apresentação.
O porta-aviões USS Gerald R. Ford, considerado pela Marinha dos EUA como “a plataforma de combate mais capaz, adaptável e letal do mundo”, chegou ao Caribe esta semana em meio a um aumento massivo dos recursos militares americanos.
Trump recebeu uma ampla gama de opções para a Venezuela, incluindo ataques aéreos contra instalações militares ou governamentais e rotas de tráfico de drogas, ou uma tentativa mais direta de derrubar Maduro.
A CNN já havia noticiado que o presidente estava considerando planos para atacar instalações de cocaína e rotas de tráfico de drogas dentro da Venezuela.
Também é possível que ele decida não tomar nenhuma ação. Autoridades do governo disseram a parlamentares na semana passada que os EUA não tinham uma justificativa legal que apoiasse ataques contra quaisquer alvos terrestres – embora seja possível que consigam encontrar uma. E Trump disse recentemente ao programa “60 Minutes”, da CBS, que não estava considerando ataques dentro da Venezuela, apesar de anteriormente ter se mostrado aberto à ideia.
O presidente, em reuniões, pareceu cauteloso em ordenar ações que pudessem terminar em fracasso ou colocar as tropas americanas em risco, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

