De celebridade religiosa a investigado por supostos desvios de dinheiro da Afipe: Veja a trajetória de padre Robson até ser transferido para SP
Após quase 3 anos afastado, religioso celebrou missa do Dia dos Pais em Mogi das Cruzes. Em abril de 2022, Superior Tribunal de Justiça (STJ) arquivou definitivamente o processo contra o padre.
A vida do padre Robson de Oliveira Pereira ganhou repercussão nacional nos últimos anos, após a investigação que apurou supostos desvios milionários de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). De celebridade religiosa a investigado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), o religioso foi transferido para São Paulo neste ano, mais de um ano após o arquivamento do processo.
Trajetória do padre
Antes de se afastar das atividades na Igreja Católica por conta da investigação, padre Robson era responsável por organizar a Romaria do Divino Pai Eterno, em Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, considerada a maior do mundo em devoção à Santíssima Trindade e que atrai, todos os anos, cerca de 3 milhões de fiéis.
O padre entrou para o seminário aos 14 anos e se tornou sacerdote 10 anos depois. Ao se formar, foi ganhando destaque na igreja e começou a escalar cargos na hierarquia católica. Antes de se tornar padre, recebeu a função de formador, aos 18 anos, e foi um dos únicos no país, segundo a biografia relatada pelos pais de Robson ao portal Divino Pai Eterno. Depois, estudou na Irlanda e em Roma.
Ao voltar ao Brasil, recebeu a função de reitor da Basílica do Divino Pai Eterno, na cidade natal. Aos 46 anos, o padre se envolveu na investigação sobre movimentação financeira de recursos doados por fiéis.
Processo
Padre Robson estava há quase 3 anos sem poder exercer suas funções religiosas pela Arquidiocese de Goiânia devido à denúncia do Ministério Público de Goiás por apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro doado por fiéis enquanto era presidente da Afipe, em Trindade. Em abril de 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) arquivou definitivamente o processo contra o religioso.
“Acusações absurdas”
Pelas redes sociais, o padre Robson de Oliveira publicou um vídeo onde afirmou que as suspensões religiosas contra ele terminaram e diz que as acusações eram ‘absurdas’.
Em vídeo, o padre explicou que as suspensões, que começaram há um ano, foram extintas por ordem do Superior Geral de Roma. Ela afirmou que o silêncio dele é um procedimento normal devido ao sigilo do processo canônico, que visava não atrapalhar as investigações. Além disso, o religioso destacou que foi considerado inocente das acusações.