Saúde

Dengue tipo 3: compreenda os riscos dessa doença, que voltou a ser registrada em cidades de Goiás após 17 anos

Conforme a Secretaria de Saúde, foram detectados casos do tipo 3 em três cidades goianas. Especialista detalha os perigos e o impacto da doença na rotina dos goianos.

Após 17 anos, o vírus da dengue tipo 3 foi registrado em três municípios de Goiás: Anápolis, Goiatuba e Rio Verde, de acordo com a Secretaria de Saúde do estado. O infectologista Marcelo Daher esclarece os riscos associados à doença e os efeitos dela no cotidiano da população goiana (mais detalhes abaixo).

Segundo Marcelo, o principal problema da circulação desse vírus é que, como grande parte da população nunca teve contato com o tipo 3, já que ele esteve ausente por muito tempo no Brasil, há a possibilidade de uma epidemia aumentar significativamente o número de casos.

De acordo com a Secretaria de Saúde, os casos em Goiatuba e Rio Verde foram identificados em 2024, e os pacientes já estão curados. Em 2025, apenas um caso foi registrado, em Anápolis, mas o paciente em questão é residente de Mato Grosso e estava temporariamente na cidade quando contraiu a doença. Esse paciente também já está recuperado.

O especialista lembrou que a epidemia de dengue tipo 2 no ano passado foi, segundo ele, a maior do mundo. Com a circulação de um novo sorotipo (dengue 3), todas as pessoas que já contraíram dengue 1 ou 2 podem ser infectadas novamente.

A Secretaria de Saúde informou que, até o momento, Goiás tem 1.905 casos confirmados e investiga 6 óbitos suspeitos.

Sintomas

Os sinais da dengue tipo 3 são semelhantes aos de outros sorotipos:

  • Febre alta (acima de 38,5°C);
  • Cefaleia, principalmente na região atrás dos olhos;
  • Dores musculares e articulares;
  • Aparecimento de manchas vermelhas na pele;
  • Náuseas e vômitos;
  • Sensação de mal-estar;
  • Falta de apetite.

Vacinação

O médico destacou ainda a relevância da vacinação, disponível tanto na rede pública quanto na privada. Ele frisou que a vacina protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. Além de medidas preventivas, como eliminar criadouros de mosquitos e redobrar os cuidados no período chuvoso, é essencial que os pais levem seus filhos para se vacinarem.

Em Rio Verde, apenas 24% das pessoas elegíveis buscaram os postos de saúde para tomar a primeira dose. O Ministério da Saúde determinou que o público-alvo inclui crianças de 10 a 14 anos.

Medidas em andamento

A subsecretária de Vigilância da Saúde, Flúvia Amorim, destacou que diversas ações continuam em execução: controle do vetor, redução de criadouros, orientação à população para procurar atendimento médico, evitar automedicação e priorizar a hidratação logo no início dos sintomas.

A Secretaria de Saúde de Goiás afirmou que intensificará o monitoramento de dados e as ações de controle nos municípios. Também oferecerá capacitação aos servidores e apoio às prefeituras, que são responsáveis diretas pelo atendimento. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estão entre os parceiros das iniciativas.

Para 2025, o estado de Goiás planeja implementar a borrifação domiciliar, uma estratégia voltada para áreas menores e densamente povoadas. Essa técnica consiste em aplicar inseticida nas paredes, garantindo proteção contra o mosquito por mais tempo.

Nota da Secretaria de Saúde de Goiás

A Secretaria de Estado da Saúde informa que o sorotipo 3 da dengue foi detectado em três cidades goianas: Anápolis, Goiatuba e Rio Verde. Em Goiatuba e Rio Verde, os casos foram identificados em 2024, e os pacientes se recuperaram.

O único caso registrado em 2025 ocorreu em Anápolis, envolvendo um paciente residente no Mato Grosso, que estava temporariamente na cidade. Apesar da identificação, coleta e exames realizados em Anápolis, o caso foi contabilizado para Mato Grosso, conforme o critério de residência do paciente.

Por fim, a secretaria reforça que os três casos registrados no painel da SES/GO em 2024 são de Goiatuba e Rio Verde, e todos os pacientes já estão curados.

Editorial Caldas Noticias.

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