Depois de Caiado, Ibaneis também se posiciona contra o decreto de Lula relacionado à força policial
Após o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), criticar o decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), publicado nesta terça-feira, 24, que estabelece diretrizes para o uso da força pelas polícias no Brasil, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), também se posicionou contrariamente.
Caiado questionou as condições impostas pelo governo federal, que vinculam o repasse de recursos à adesão às novas regras. Segundo ele, o decreto obriga os estados a seguir as diretrizes do governo federal para a segurança pública, sob pena de perderem acesso aos fundos de segurança e penitenciário. O governador classificou a medida como uma “chantagem explícita contra os estados”, afirmando que ela favorece a criminalidade.
Ibaneis Rocha também criticou o decreto, considerando-o uma interferência do governo federal na autonomia dos estados e do Distrito Federal, em desacordo com a Constituição. Segundo ele, a norma viola o artigo 144 da Constituição Federal, que define as atribuições das unidades da federação no que diz respeito às forças de segurança.
Em declarações à imprensa, Ibaneis afirmou: “Isso é uma interferência total. É lamentável que o governo federal, ou melhor, o presidente Lula, não saiba respeitar os limites de sua competência. A segurança pública é responsabilidade dos estados”.
Caiado acrescentou que “o crime organizado ganhou um grande presente de Natal do presidente Lula: um decreto que lhes assegura mais liberdade de ação e limita as forças policiais. É o modelo PT-venezuelano, que parece querer desestabilizar o país”.
Editorial Caldas Notícias.