Falece Jimmy Carter, o ex-presidente dos EUA que se destacou após deixar o cargo
Jimmy Carter, presidente dos Estados Unidos entre 1977 e 1981, faleceu neste domingo (29/12), aos 100 anos, em sua residência em Plains, Geórgia, a cidade onde nasceu. A causa da morte não foi divulgada. Carter era o ex-presidente mais longevo dos EUA, superado apenas por George H. W. Bush, que faleceu no final de 2018, aos 94 anos.
Chip Carter, filho do ex-presidente, confirmou o falecimento e declarou que seu pai foi um herói não apenas para ele, mas para todos que defendem a paz, os direitos humanos e o amor ao próximo.
“Meus irmãos, minha irmã e eu o compartilhamos com o mundo por meio dessas crenças comuns. Ele tornou o mundo nossa família ao unir as pessoas, e somos gratos por honrar sua memória vivendo esses valores que ele promoveu”, afirmou Chip. Desde fevereiro de 2023, Carter estava sob cuidados paliativos em casa. A fundação que leva seu nome informou que homenagens serão realizadas em Atlanta, Washington e Plains, mas ainda não há detalhes sobre o funeral.
Durante sua gestão na Casa Branca, Carter foi um crítico de regimes autoritários na América Latina, como a ditadura de Pinochet, no Chile, e o regime militar no Brasil. Membro do Partido Democrata, ele exerceu os cargos de senador e governador do estado da Geórgia antes de assumir a Presidência, período que enfrentou uma severa crise econômica e buscou promover a paz em escala global.
Um dos episódios mais marcantes de seu governo foi a crise diplomática com o Irã, que resultou no sequestro de 52 americanos na embaixada em Teerã, em 1979. Os reféns foram libertados após 444 dias, já sob o mandato de Ronald Reagan, o que trouxe críticas à gestão de Carter pela condução do caso.
Mesmo após deixar a Casa Branca, Carter manteve sua atuação política e humanitária por meio da Fundação Carter, que ele fundou em 1982. Ele liderou missões diplomáticas e se tornou um símbolo da luta pelos direitos humanos e pela democracia.
Em 2002, Carter foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, em reconhecimento aos seus “esforços incessantes para encontrar soluções pacíficas para conflitos internacionais, promover a democracia e os direitos humanos e incentivar o desenvolvimento social e econômico”.
Editorial Caldas Noticias.