Brasil

Militares detidos planejavam envenenar Lula e atacar Moraes com explosivos, diz PF

Grupo no Signal discutia plano, segundo investigação

(Folhapress) A investigação da Polícia Federal que originou a operação realizada nesta terça-feira (19) revelou que cinco indivíduos presos — quatro militares e um policial federal — debatiam, em 2022, em um grupo de mensagens de um aplicativo, um plano para assassinar o então presidente eleito, Lula (PT), o vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Documentos anexados ao processo pela PF indicam a possibilidade de uso de “envenenamento ou substâncias químicas” como método para eliminar o petista.
No caso de Moraes, o relatório policial enviado ao STF aponta que, além de cogitar o envenenamento, os suspeitos consideraram empregar “artefatos explosivos”.

Ação golpista de bolsonaristas

A temática do golpismo bolsonarista voltou a ser discutida recentemente, após um apoiador do ex-presidente atacar o prédio do STF e, em seguida, se deitar sobre um explosivo, vindo a falecer na Praça dos Três Poderes.
Bolsonaro, que tentou descrever o episódio como um evento isolado, foi considerado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até 2030 devido a ataques e informações falsas sobre o sistema eleitoral. Ele também foi indiciado neste ano em investigações relacionadas às joias e à falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19.
Além desses casos, é alvo de outras investigações que examinam crimes como tentativa de golpe de Estado e a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, incluindo os atos de 8 de janeiro de 2023.
Parte dessas investigações ocorre no âmbito do inquérito das milícias digitais, conduzido por Moraes e iniciado em 2021. Esses processos podem, em teoria, levar à condenação do ex-presidente em várias frentes.
Se processado e condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa, Bolsonaro pode enfrentar uma pena de até 23 anos de prisão e permanecer inelegível por mais de 30 anos.
Editorial Caldas Notícias.

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