MP Eleitoral solicita suspensão das candidaturas de Pablo Marçal e Boulos
Ação, motivada por uma representação do MDB, acusa o candidato de abuso de poder econômico
O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a suspensão do registro de candidatura de Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo. A ação, motivada por uma representação do MDB, acusa o candidato de abuso de poder econômico, alegando que ele estaria utilizando uma estratégia ilícita para cooptar colaboradores na disseminação de conteúdos em redes sociais e serviços de streaming, com foco nas eleições.
No caso de Boulos, o MPE também solicitou por abuso de poder político e econômico relacionado ao evento do 1º de maio, no qual o presidente Lula participou e pediu votos a ele. No entanto, na última sexta-feira, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz rejeitou o pedido de liminar do Ministério Público.
De acordo com o MP Eleitoral, a situação se agrava devido a uma reportagem do jornal O Globo que revelou que Marçal impulsiona sua audiência nas redes sociais oferecendo promessas de ganhos financeiros a seus apoiadores. Esse método resultou na criação de uma vasta rede de contas que divulgam materiais relacionados ao candidato, inclusive conteúdos que não são publicados em sua página oficial
“De acordo com o material e com a documentação anexa, temos que o estímulo das redes sociais para replicar sua propaganda eleitoral é financiado, mediante a promessa de pagamentos aos ‘cabos eleitorais’ e ‘simpatizantes’ para que as ideias sejam disseminadas no sentido de apoio eleitoral à sua candidatura”, aponta o promotor eleitoral Fabiano Augusto Petean.
“Ao estimular o eleitorado a propagar as mensagens eleitorais pela internet, o candidato, sem declarar a forma de pagamento e computar os fatos financeiramente em prestação de contas ou documentações transparentes e hábeis à demonstração da lisura de contas, aponta para uma quantidade financeira não declarada, não documentada e sem condições de relacionamento dos limites econômicos utilizados para o ‘fomento eleitoral’ de tais comportamentos, desequilibrando o pleito eleitoral.”
O órgão destaca que o abuso de poder econômico e a omissão de recursos financeiros utilizados para pagamentos e impulsionamentos publicitários são práticas que comprometem a legalidade do registro de candidatura de Pablo Marçal. Essas ações levantam sérias dúvidas sobre a transparência e regularidade das contas de campanha do candidato.
Fonte: Jornal Opção.