Combustíveis: distribuidoras veem risco de desabastecimento com bloqueios
Combustíveis: distribuidoras veem risco de desabastecimento com bloqueio
Brasilcom pede adoção de “ações coordenadas das autoridades responsáveis para o urgente desbloqueio das estradas”
A Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Biocombustíveis e Gás Natural (Brasilcom) alertou, nesta quarta-feira (2/11), para riscos de desabastecimento de combustíveis em razão dos bloqueios realizados em rodovias que atingem, ao menos, 17 estados. Os atos são uma reação de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) insatisfeitos com a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições.
Em nota, a Brasilcom recomendou a adoção de “ações coordenadas das autoridades responsáveis para o urgente desbloqueio das estradas”. Além disso, a entidade pede que, se necessário, as autoridades de segurança devem “proteger e acompanhar o deslocamento do transporte de combustíveis”.
As associadas da federação estão monitorando os bloqueios e cobram apoio do governo federal para destravar as vias. A representante da categoria pede imediata “solução para este grave problema que afeta toda a população”.
Interdições e bloqueios
Novos dados oficiais da Polícia Rodoviária Federal (PRF) apontam que o número de bloqueios e interdições nas rodovias do país caíram de 156 para 150, nesta quarta-feira (2/11).
Ao todo, são 126 interdições e 24 bloqueios. Comandados por caminhoneiros bolsonaristas, os atos em estradas brasileiras tiveram início após a derrota de Bolsonaro para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições.
No último boletim, a Bahia não tinha mais nenhuma ocorrência de protesto. Na atualização dos dados, a PRF mostra que manifestantes retomaram os movimentos deixando o estado com uma interdição e um bloqueio. Maranhão também registrou novos bloqueios.
Os estados com maior número de ocorrências são Mato Grosso (30 interdições), Paraná (20 interdições) e Santa Catarina (15 interdições e 20 bloqueios), Pará (16 interdições), Rondônia (11 interdições) e Minas Gerais (7 interdições).
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